terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O AMOR ESTÁ NO AR...

Ainda o dia dos namorados ...
Por: Fátima Lopes

A mãe de um pequenino de 3 anos contava, muito orgulhosa, que teve de ir comprar uma prenda para o filho dar à namorada e que teve que ir com ele a casa dela pois “ não se calava”... também os  mais crescidos dos 6 aos 12 dão prendas e escrevem cartas de amor mais ou menos criativas... Estes casos de amor “precoce” valem o que valem e poderíamos tecer aqui várias teorias educativas sobre o tema, mas vamos tecer outras considerações de carácter pedagógico.

 A comemoração do dia tem intenções românticas muito comerciais e mais do que contrariar as tendências podemos aproveitar a onda e Educar para expressar sentimentos e emoções. Não é fácil! Nem para miúdos nem para graúdos, as coisas confundem-se...



Assim sendo e partindo de um conceito simples de que  “Amor é gostar muito de alguém...ou de alguma coisa...” vamos ver de quem gostamos muito... até que ponto. Vamos registar ...publicar e partilhar. As paredes e os placardes da nossa sala, escola, cozinha ou frigorífico enchem-se e fazem sorrir quem lê.
Este ano um pequenito surpreendeu-nos e fez-nos sorrir com “ amor é ...gostar do meu periquito..” e não é que tivemos oportunidade de conhecer o periquito e ele é mesmo um querido periquito que voa livremente, pousa no ombro do seu amiguinho, dá-lhe bicadinhas e encosta a cabecinha...um amor de amigo! Impossível não gostar...amar..adorar...que dizer!









Por vezes há mesmo surpresas, o que dizer deste poema de amor apresentado pelo aluno mais timído da turma?


 Vamos escrever cartas de Amor anónimas, vamos imaginar e ser criativos. Facilitando o processo, o educador seja pai ou professor poderá dar uma estrutura que a criança poderá completar com uma duas ou 3 tentativas. Enquanto o faz ,escreve, conversa, diverte-se. Aqui ficam alguns  exemplares de cartas que a professora também recebeu. Quanto aos autores,esses conseguiram conservar-se anónimos embora houvesse alguns suspeitos.



Vamos ler e ouvir histórias de amor que ficaram na História como  "Adão e Eva" "Romeu e Julieta", "D.Pedro e D. Inês", ou mesmo algumas ternurentas como : “O sapo Apaixonado” ou  “o Palhaço Verde” de Matilde Rosa Araújo.








Aqui fica um texto, de  Luísa Duclas Soares, que é sempre recebido  com muito sucesso 

Quando... 
Quando o cão souber voar
a galinha tiver dentes
o porco lavar o rabo
o careca usar o pente
..............................
quando em agosto nevar
vou deixar os meus amigos
para só te namorar.

!


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Desejos de Natal

Por: Fátima Lopes
Acredite-se ou não no Pai Natal...é de tradição escrever cartas ao Pai Natal ou ao Menino Jesus fazendo os pedidos que satisfaçam os desejos de cada criança.

É uma boa prática na família e na escola e é mais um incentivo à escrita. Quando a criança é mais pequena e não sabe escrever, alguém empresta o seu saber de escrita e escreve o que os pequenos enunciam e mais tarde ilustram. Os que já sabem escrever algumas palavrinhas vão escrevendo, com erros ou não...não importa, ou com ajuda. Aos mais velhos já é exigido que escrevam a carta conforme as normas : data, local, saudações, cumprimentos e um texto mais elaborado. Aqueles que já não querem escrever ao Pai Natal é-lhes pedido que façam listas de prendas para Meninos e listas para Meninas, ou ainda listas de prendas para toda a família e amigos. Estes textos não são apenas exercícios de escrita pois, se forem bem conduzidos, ajudam-nos a pensar que não basta dizer: "Eu quero...eu quero..."mas que deverá pedir" Eu desejo...eu gostava de ter"....

 Eu sei que a conversa habitual é "se te portares bem o Pai Natal dá... se não te portares bem o Pai Natal não dá...ou... se tiveres boas notas..." Ora o que é isto de portar bem? E portar bem quando? Onde? Quantas vezes? SEMPRE!!!? Impossível! Estes argumentos deixam de ter validade como fundamento para ter direito a prendas.
Durante alguns anos deixei os meus alunos consultar catálogos de brinquedos  dos supermercados e lojas para poderem elaborar as suas listas de pedidos, mas damo-nos conta que eles pediam demais, pediam tudo...e mais novos e mais velhos acabavam por ver frustados os seus desejos quando as prendas não correspondiam aos seus pedidos. Deixavam de valorizar ou apreciar as pequenas coisas pois tinham sonhado com outras. Assim sendo a prática foi alterando e a proposta agora é um exercício mental que vai de uma prenda de sonho, e os sonhos são o que são ...sonhos que poderão não se realizar, sonhos que se poderão realizar daqui a 10 ou a 20 anos, prendas simples e prendas que não custam dinheiro.

Aqui ficam os desejos de alguns alunos mais crescidos. Os mais novos escreveram as suas cartinhas pedindo para eles e para os seus familiares. Alguns têm mesmo uma lista enorme e não esquecem o cão e o gato e os pobrezinhos. Também o conceito de pobrezinhos merece ser tema de análise pois nos tempos que correm a necessidade de ser solidário não passa apenas por dar "qualquer coisinha" aos que têm menos que nós. Estes temas têm de ser debatidos com os mais novos enquanto absorvem melhor alguns valores. Para isso muitas vezes é necessário ajudá-los a olhar à sua volta e ajudá-los a pensar e agir...dando "prendas que não custam dinheiro" : distribuir beijos e abraços aos mais idosos no lar mais próximo, recolher um cão ou gato abandonado, arrumar a casa  à tia, convidar o vizinho para lanchar.
Termino desejando um Bom Natal todos os dias.                 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bruxedos e tradições


Bolinhos e bolinhós
Por Fátima Lopes
 Este período faz apelo à fantasia e brincadeira, o Halloween está a instalar-se como tradição. Não sou contra, pelo contrário, como professora aproveito para dinamizar a leituras de mais livros com histórias de feitiços e bruxedos, fadas e fantasmas tudo vale para ler mais e mais...
Mas não deixemos esquecer as nossas tradições locais e culturais.

Os Bolinhos e Bolinhós s...ão uma tradição portuguesa da região de Coimbra que se celebra no dia 31 de Outubro para o 1 de Novembro.

Nesse dia as crianças com caixas de sapatos e com uma carantonha recortada e uma vela dentro, vão de porta em porta pedir doces e dinheiro cantando uma canção.

Esta tradição é de origem celta e foi mais tarde aproveitada pela religião cristã, comemorando-- se, no século XIX, em toda a Europa.

Esta tradição apareceu quando em 1 de Novembro de 1755 ocorreu um terramoto em Lisboa no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade ficou ainda mais pobre. Como a data coincidia com um feriado religioso, as pessoas aproveitaram no ano seguinte para fazer um peditório por toda a cidade para melhorar a situação em que se encontravam. E assim ficou a tradição.

Infelizmente a partir da década 80 esta tradição começou a ser esquecida e hoje em dia raras são as pessoas que se lembram dela.

  Ao pedir o "Pão por Deus", cantam-se as seguintes cantilenas
enquanto se anda de porta em porta:


Bolinhos e bolinhós
Para mim e para vós
Para dar aos finados
Qu'estão mortos, enterrados
À porta daquela cruz
Truz! Truz! Truz!

A senhora que está lá dentro
Assentada num banquinho
Faz favor de vir cá fora para dar
Um bolinho ou tostãozinho.

Quando os donos da casa dão alguma coisa:
Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa.

Esta casa cheira a vinho
Aqui mora algum Anjinho.

Quando os donos da casa não dão nada:
Esta casa cheira a alho
Aqui mora algum espantalho

Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto.

Sugestão de Leitura: Querida Avó

 Querida Avó

Por Fátima Lopes

Conta-nos a história de uma menina que foi à procura da alma da avó. O autor Birte Muller que tinha assistido, na América do Sul, à Festa de Todos os Santos, conta-nos que toda a comunidade festeja alegremente o regresso das almas que os vêm visitar. Enfeitam casas, mesas, bolos e túmulos com flores sendo esta uma maneira extraordinária de integrar a morte na vida, bem diferente dos nossos costumes europeus.
A leitura deste livro, que tem uma ilustração lindíssima, é um bom momento para conversar com as crianças sobre os nossos entes queridos que já não estão entre nós. A morte é um tema difícil de abordar pelos adultos mas as crianças falam facilmente e com naturalidade.

O início do mês de novembro, com a ida ao cemitério com os familiares, as crianças fazem muitas perguntas é por isso  uma boa altura para abordar este tema.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quando o seu filho não quer ir para escola!

Sónia Ferreira - Psicóloga
Quando o primeiro dia de escola, não é uma alegria.
Muitos pais e filhos prepararam com alegria, o regresso às aulas. A escolha da mochila, dos cadernos, do estojo constitui para muitas famílias um momento de partilha e de definição de expectativas para o ano letivo, que se espera ser de aprendizagem e sucesso.
Contudo, este entusiasmo nem sempre acompanha todas as crianças, e para algumas, ir à escola representa um verdadeiro medo ou pânico.
Após a interrupção escolar para as férias de verão, com alguma frequência se ouvem as crianças a comentarem a sua falta de motivação para voltarem às rotinas, ao estudo e às avaliações. Neste contexto, a recusa em ir para a escola, por vezes acompanhada de manifestações físicas, como dores de cabeça, barriga, dificuldade em dormir ou “chichi” na cama, é normal e geralmente, com o passar dos dias é ultrapassada. No entanto, em alguns casos, estes sintomas permanecem e consolidam-se dando origem a uma fobia escolar.

Quando a recusa e o medo se transformam em fobia.
“ A fobia escolar refere-se à recusa prolongada de uma criança em ir à escola, devido a um medo relacionado com a situação escolar” (Odriozola, 2001). Tende a ocorrer sobretudo, em idades pré-escolares (idade de início da frequência da escola) mas pode ser registada em faixas etárias mais avançadas.
Com um início geralmente agudo em crianças mais novas, é comum aparecerem sintomas físicos, como vómitos, palpitações, dores de barriga e cabeça, alterações do padrão do sono e do apetite, “chichi” na cama, choro fácil, sobretudo no momento de ir para a escola. Os sintomas desaparecem se os pais optarem por a criança ficar em casa.
Nas crianças mais velhas e nos adolescentes o desenvolvimento é gradual, a fobia é mais intensa e grave. As queixas começam por ser vagas (“o professor é antipático, “os colegas são chatos”, “não gosto da escola”, etc.) mas, com o tempo, assumem uma atitude de total relutância, recusa e até fuga escolar.
Do ponto de vista clínico, a fobia escolar é habitualmente caracterizada pela presença de sintomas físicos de ansiedade, tais como: taquicardia, perturbações do sono, perda de apetite, palidez, náuseas e vómitos, dores abdominais, diarreias, dores de cabeça, etc. Associado, surgem pensamentos e medo excessivo de castigos dos professores, da ridicularização dos colegas, da avaliação negativa das capacidades intelectuais. Pode ainda ter na sua origem uma relação de dependência com a mãe, ou resultar de alterações no contexto familiar (separação dos pais, conflitos, doenças), entre outros.
A fobia escolar pode ainda estar associada a outros quadros clínicos, como a depressão e baixa autoestima.

O que se espera dos pais.
Perante uma situação de fobia escolar, os pais devem procurar manter a calma e transmitir ao filho a ideia de que a situação não é assim tão temerosa como ele a interpreta. Assim, estará a transmitir um modelo de positividade para a criança e a ideia de que em cada momento e experiência difícil é possível retirar algo de bom.
A par com uma atitude positiva, é fundamental que os pais compreendam os reais motivos do medo da criança e que conversem com ela de forma empática, sem nunca ridicularizar e desvalorizar os seus sentimentos.
Revela-se importante não reforçar a recusa, manifestações de choro, birra ou rejeição. Com efeito, se estes comportamentos receberem a atenção dos pais o risco de estes se manterem e repetirem aumentará. Pelo mesmo motivo, permitir que a criança não vá à escola, conduzirá ao aumento do seu medo e não a permitirá enfrentar as suas angústias.
Fomentar a comunicação sobre o que aconteceu durante o dia de aulas, no recreio, com os amigos, não só permite detetar se ocorreu algum problema que possa justificar a atitude da criança, como permite dotar esta de estratégias para resolver os problemas que surgiram, fazendo-a assim sentir-se mais segura. Além disso, pode ser uma oportunidade para mostrar interesse pelo dia do seu filho e transmitir uma expectativa positiva em relação à escola.
A comunicação com a escola e um pedido de ajuda aos professores poderão facilitar o processo de adaptação e integração da criança. Em determinados casos, solicitar a ajuda de um psicólogo poderá facilitar o processo e sobretudo o tratamento dos medos.

Bibliografia:
Cartwright-Hatton, S. (2007).Como lidar com a criança ansiosa ou deprimida. Plátano Editora.
Odriozola, E. (2001). Perturbações da ansiedade na infância. Editora McGraw-Hill.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011




Regresso às aulas 2011/2012
Organização da Sala de aula

Fátima Lopes - Professora de Educação Especial

As aulas começaram há um mês mas creio que a inquietação continua. Há muitas expectativas e ansiedade também, pelo que poderei dizer que o tema continua atual.

As sugestões agora apresentadas costumam surgir na preparação da entrada do ano letivo mas elas são sempre pertinentes e deverão ser adaptadas ao nível e grau de ensino e ambiente de aprendizagem.

Costumo dizer que não há nenhum início de ano calmo! Todos eles trazem novas “regras” e muitas indefinições! Muitas vezes as novas indicações levam a novas adaptações, muitas reuniões e muitos papéis a apresentar. Muitas vezes também a energia esgota-se neste tipo de trabalho burocrático e pouco resta para a preparação do entrada dos alunos. Ora são eles a razão da nossa existência...professores.

Alunos e respetivas famílias antecipam o novo ano com muitas expectativas! São conhecidas as conversas de pais e filhos: “ Então como é a professora?” “Então como foi a escolinha hoje? O que fizeram?” ,“O que aprendeste hoje na escola?”. É costume também as crianças invariavelmente responderem: “Hoje não fiz nada!”. Este “nada” muitas vezes é devido à frustração das suas expectativas! Principalmente nos mais novinhos que entram pela 1ª vez e que esperam logo nos primeiros dias aprender as letras, os números e lições “a sério”, (as mesmas que mais tarde lhe poderão dar “seca”)! Mas, muitas vezes, deve-se também ao facto de a criança não estar suficientemente envolvida, ou entusiasmada com a dinâmica da turma e nem sabe exatamente o que fez e diz que não fez nada ou só brincou! A 1ª semana é só brincadeira, costumamos ouvir.

Ora, porque a 1ª semana é realmente uma etapa importante e até determinante para o desenvolvimento da dinâmica de turma, há vários autores que afirmam que o êxito dos bons professores começa com a organização da 1ª semana de aulas. Assim sendo devemos utilizar esta 1ª semana para melhor conhecermos os nossos alunos e também darmo-nos a conhecer. Se ainda não o fez ainda está a tempo de o fazer. Assim deverá dar-lhe a conhecer o que podemos fazer na escola, de que forma nos podemos organizar e as regras que nos hão-de ajudar a viver em conjunto. Se é verdade que muitas das actividades e materiais devem ser previamente planeadas e preparadas pelo professor, não caia na tentação de aparecer com todos os instrumentos já muito bem feitinhos! Aproveite para organizar os placares estabelecendo áreas e temas de exposição. Construa com os alunos muitos dos instrumentos de organização e registo da sala de aula. Ouça a sua opinião e aceite as sugestões.
Sugere-se e recomenda-se então:

- Contruação do Quadro das Regras, conversando, ouvindo, chegando a um consenso. Assim serão definidas e registadas em linguagem correcta e clara para todos.

- Que em cada dia da semana haja, pelo menos, uma actividade gratificante. Por exemplo: Fotografia ou desenho com Auto Retrato; Jogos de apresentação; Pintura com tintas e pincéis; Registo de peso e altura; Música; Jogos informáticos; Jogos tradicionais; Contar uma história e fazer a sua dramatização

- Utilização de um Diário durante uma semana ou mais. Organiza-se um caderninho com folhas A4 ou A5, cuja capa deverá ser ilustrada pelo aluno com mais ou menos ajuda. As folhas estão pré preparadas e serão registadas as impressões de cada dia em casa, partilhando com a família. Os mais novos desenham e contam o que fizeram e os pais escrevem o que a criança disser. Os alunos mais velhos desenham e escrevem consoante as suas capacidades.

- Galeria de Auto-Retratos, com uma proposta de EU SOU…; cada um deverá desenhar-se, escrever ou copiar nome e idade e dizer ou escrever uma ou duas das suas características. O professor(a) deverá também fazer o seu. Mais tarde poder-se-á completar com as próprias fotografias.

- Fichas de Identificação Pessoal, que muitas vezes servem de capa de rosto do Dossier Individual do Aluno ou ficam na 1ª página do caderno para que a possa consultar facilmente sempre necessite. 

- Aplicação de Entrevistas individuais. Quem tem autonomia para ler e escrever autonomamente fá-lo-á, com mais ou menos ajuda. Quem não o puder fazer, será entrevistado oralmente pelo professor(a) ao longo da semana. Atenção que o entrevistador deve registar as respostas na sua forma original. Não importa se estão certas ou erradas. Estas serão elementos de avaliação que nos permitirão fazer o diagnóstico de algumas situações. Muitas vezes há necessidade de reformular as perguntas para que elas sejam melhor compreendidas! Devemos registar as várias tentativas de resposta.

- Inquéritos sobre interesses, preferências e expectativas

- Construção de cartazes ou áreas para exposição de Instrumentos de Organização: Notícias, Regras, Textos, Podemos Fazer.

- Construção de instrumentos de Registo: Calendários do dia a dia, de aniversários, Quadro de Alturas, Quadro de Peso, Quadro de Tarefas, Quadro de Tempo e Lista Telefónica.
Estas são apenas algumas sugestões que poderão ser aplicadas ou adaptadas à realidade de cada escola, cada turma e cada aluno. É desejável que estas e outras sugestões sejam escolhidas, discutidas e preparadas em conjunto pelo grupo de docentes de cada escola. Que seja um bom ano de trabalho para todos. Afinal a realidade de cada um de nós é em boa parte construída por nós próprios.