Por: Fátima Lopes
A mãe de um pequenino de 3 anos contava, muito orgulhosa, que teve de ir comprar uma prenda para o filho dar à namorada e que teve que ir com ele a casa dela pois “ não se calava”... também os mais crescidos dos 6 aos 12 dão prendas e escrevem cartas de amor mais ou menos criativas... Estes casos de amor “precoce” valem o que valem e poderíamos tecer aqui várias teorias educativas sobre o tema, mas vamos tecer outras considerações de carácter pedagógico.
A comemoração do dia tem intenções românticas muito comerciais e mais do que contrariar as tendências podemos aproveitar a onda e Educar para expressar sentimentos e emoções. Não é fácil! Nem para miúdos nem para graúdos, as coisas confundem-se...
Assim sendo e partindo de um conceito simples de que “Amor é gostar muito de alguém...ou de alguma coisa...” vamos ver de quem gostamos muito... até que ponto. Vamos registar ...publicar e partilhar. As paredes e os placardes da nossa sala, escola, cozinha ou frigorífico enchem-se e fazem sorrir quem lê.
Este ano um pequenito surpreendeu-nos e fez-nos sorrir com “ amor é ...gostar do meu periquito..” e não é que tivemos oportunidade de conhecer o periquito e ele é mesmo um querido periquito que voa livremente, pousa no ombro do seu amiguinho, dá-lhe bicadinhas e encosta a cabecinha...um amor de amigo! Impossível não gostar...amar..adorar...que dizer!
Por vezes há mesmo surpresas, o que dizer deste poema de amor apresentado pelo aluno mais timído da turma?
Vamos escrever cartas de Amor anónimas, vamos imaginar e ser criativos. Facilitando o processo, o educador seja pai ou professor poderá dar uma estrutura que a criança poderá completar com uma duas ou 3 tentativas. Enquanto o faz ,escreve, conversa, diverte-se. Aqui ficam alguns exemplares de cartas que a professora também recebeu. Quanto aos autores,esses conseguiram conservar-se anónimos embora houvesse alguns suspeitos.
Vamos ler e ouvir histórias de amor que ficaram na História como "Adão e Eva" "Romeu e Julieta", "D.Pedro e D. Inês", ou mesmo algumas ternurentas como : “O sapo Apaixonado” ou “o Palhaço Verde” de Matilde Rosa Araújo.
Aqui fica um texto, de Luísa Duclas Soares, que é sempre recebido com muito sucesso

Quando...
Quando o cão souber voar
a galinha tiver dentes
o porco lavar o rabo
o careca usar o pente
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quando em agosto nevar
vou deixar os meus amigos
para só te namorar.
!